O diagnóstico diferencial inclui etiologias infecciosas e não-inf

O diagnóstico diferencial inclui etiologias infecciosas e não-infecciosas. Em indivíduos homossexuais, os patogéneos de transmissão sexual como o HSV, a N. gonorrhoeae e o Treponema pallidum deverão ser excluídos 3. Os sintomas e achados endoscópicos e histológicos são similares aos da doença inflamatória intestinal (DII)4. Os achados Y-27632 price que geralmente permitem a distinção entre DII e etiologia infecciosa, particularmente na fase aguda,

consistem na ausência de distorção da arquitetura das criptas e no aumento de celularidade da lâmina própria na primeira. No entanto, estas alterações são também identificadas no LGV, que pode, em alguns casos, desenvolver granulomas. Na doença avançada pode haver inflamação transmural, assemelhando-se à doença de Crohn5. O tratamento de escolha é a doxiciclina, podendo a eritromicina ou a azitromicina ser alternativas, embora não esteja confirmada a eficácia do último MI-773 clinical trial fármaco em doentes VIH positivos. Deverá ainda ser efetuada a pesquisa da infeção nos parceiros sexuais dos 30 dias antecedentes ao aparecimento dos primeiros sintomas, e administrada terapêutica profilática. Esta hipótese diagnóstica deverá ser investigada nos pacientes que pratiquem sexo anal, na presença de úlceras na região anorrectal e quadros de proctite. Os autores declaram não haver conflito de interesses. “
“Os autores apresentam o caso de um doente de 59 anos com antecedentes

de obesidade, dislipidémia e diabetes mellitus não insulino-tratada que foi referenciado à Consulta de Gastrenterologia por apresentar

na endoscopia digestiva alta, Vasopressin Receptor realizada no contexto de investigação de dispepsia, várias formações polipóides sésseis do corpo gástrico e bulbo duodenal com dimensões entre os 5 a 12 mm, revestidas por mucosa normal, de cor amarelada e com o «cushion sign» positivo ( Figura 1 and Figura 2). Foram realizadas várias biopsias destas lesões que demonstraram mucosa gástrica sem particularidades histológicas. Analiticamente não se registavam alterações. Realizou ecoendoscopia, que revelou que as formações polipóides sésseis correspondiam a lesões arredondadas da submucosa hiperecogénicas, confinadas à parede, sem adenopatias adjacentes, aspeto ecoendoscópico compatível com lipomas ( fig. 3). Completou o estudo com tomografia computorizada torácica e abdominal que identificou várias lesões arredondadas da parede gástrica e bulbo duodenal com densidade de gordura, compatíveis com o diagnóstico de lipomas, já estabelecido pela ecoendoscopia ( fig. 4). A endoscopia alta de revisão ao fim de um ano demonstrava as lesões descritas anteriormente, sem expressão evolutiva. Os lipomas gástricos/intestinais são tumores benignos da submucosa pouco frequentes, correspondendo a menos de 2% das lesões submucosas e raramente têm manifestações clínicas1. A sua apresentação na forma de lipomatose difusa, com mais de 10 lipomas e eventual envolvimento do intestino delgado e cólon é extremamente rara.

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