000 habitantes, o que corresponderá a um número mínimo de 100 novos casos por ano. A verdadeira prevalência da hepatite C não é conhecida devido à inexistência de estudos epidemiológicos que envolvam amostras representativas da população. Atualmente estima‐se que 2‐3% da população mundial (130‐170 milhões de pessoas) esteja infetada pelo VHC18. Considerando apenas a União Europeia, a prevalência estimada decresce para aproximadamente metade (1,1‐1,3%), correspondendo a 7,3‐8,8 milhões de infetados18. Na população find more portuguesa, Marinho et al. estimaram uma prevalência de aproximadamente 1,5% com base nos dados de seroprevalência em dadores de sangue e utilizadores de drogas
por via endovenosa19. De acordo com o painel de peritos, estima‐se que a prevalência atual da doença permaneça entre 1‐1,5%, ou seja, existirão atualmente em Portugal cerca de 100.000 Pirfenidone datasheet a 150.000 doentes infetados pelo VHC. Destes, assume‐se que apenas 30% se encontrem diagnosticados, correspondendo a aproximadamente 37.500 doentes. A distribuição dos doentes diagnosticados pelos diferentes estádios de desenvolvimento da doença foi também caracterizada pelo
painel de peritos, que estimou que a grande maioria destes doentes se encontrem atualmente com hepatite C crónica (60%), estando os restantes distribuídos pelos estádios de cirrose hepática compensada (30%), descompensada (6%) e CHC (4%). O painel de peritos caracterizou ainda a prevalência da infeção pelo VHC em subpopulações de risco através da prática clínica e da validação de dados bibliográficos20. Estimaram‐se percentagens muito elevadas de VHC nos utilizadores de drogas por via endovenosa (50%), em particular nos utilizadores de longa duração (80%) e nos doentes coinfetados pelo VIH (30%). Outros grupos de risco identificados, ainda que com menor prevalência, foram os
doentes em hemodiálise (5%), recetores de transfusões sanguíneas antes de 1992 (2%) e bebés de mulheres infetadas pelo VHC (transmissão vertical: 1,5%). O VHC é um vírus de RNA de cadeia simples que apresenta grande variabilidade genética. Atualmente existem 6 genótipos identificados21. A determinação do genótipo (G) do VHC é de importância clínica fulcral, pois determina a probabilidade de resposta, o tipo de tratamento e sua duração, bem como a dose de ribavirina (RBV) a utilizar22. Tyrosine-protein kinase BLK À semelhança do que acontece a nível mundial, o G1 foi o genótipo mais prevalente em 2 estudos epidemiológicos realizados em Portugal (2001 e 2009), estando presente em 50‐60% dos doentes20. De acordo com o painel de peritos, a distribuição obtida em 2009 corresponde à atual distribuição dos genótipos em Portugal, sendo o mais frequente o G1 (60%), seguido do G3 (25%), G4 (7%) e G2 (2%)20 and 23. Muhlberger et al. estimaram um número de 1.117 mortes/ano (11,12 mortes/100.000 habitantes) devidas ao VHC em Portugal com base nos dados de mortalidade da OMS de 2002 14.
Related posts:
- Mederacke et al chamaram a atenção, num estudo piloto recente, p
- A entrevista durou cerca de 20 minutos Os médicos desconheciam a
- Esta nova realidade tem várias implicações relevantes para os doe
- O desvio do coloide para a medula óssea e para o baço é muito car
- A implementação de uma estratégia baseada na EE na avaliação dest